Tenho um dom, um dom de merda. Tenho um dom para afastar as
pessoas que mais gosto, que cada vez está mais visível, e hoje percebi que não
vale a pena “apenas olhar” porque se não estiver a ver não vou conseguir tirar
este dom do meu ser. “Dom” é denominado como algo bom mas claro, a pessoa
complicada, gosta de o denominar como algo mau. ‘’Dom de errar” é algo vulgar
mas contraditório. Um paradoxo que se instala na minha cabeça a toda a hora.
Não pensar, viver com o que os sentimentos me dão. Não pensar, viver. E depois
vem o dom a estragar tudo e a fazer-me ver que tenho de pensar. Errar é humano-
diz o homem que traiu a mulher ou o filho que fumou um charro e os pais
descobriram- mas, para mim errar é desumano. Uma desumanidade completa. Um dom,
algo bom, torna-se em segundos numa desumanidade desmedida.
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