sábado, 13 de novembro de 2010

Aqui estou, encurralada numa imensidão de palavras já ditas, lágrimas de alegria e de desespero, textos escritos, verdades vividas, mentiras sentidas, arrependimentos, (…) desejando voltar atrás. Eu, apenas eu.
Quando te vi de novo julgava estar demasiado distante emocionalmente de toda a crónica de amores perfeitos que ambos vivemos, contámos e recontámos, sonhamos e juramos… Mas mais uma vez, pude concluir que a filha da puta da vida gosta de me trocar as voltas e eu, apenas eu, ainda aqui estou. Pensava já não estar, pensava ter alcançado algo meu, algo que nem tu nem ninguém sabe o que é… algo que nem eu sei bem descrever. Algo não “nosso”, não “teu” mas “meu”, só meu! Algo que não passa de nada… Pensava que já não pensava em pensar em ti o que na verdade é um paradoxo. O tempo, que tanto querias que estacasse, acaba por parar irreversivelmente e eu paro com ele. Espero-te agora nesse tempo só meu… espero-te apesar de saber que não vale a pena. Espero-te porque és o meu sol, a minha lua, as minhas estrelas, o meu chão, e acredito que o serás futuramente. Espero-te porque não vou perder nada em esperar, ou se calhar vou mas espero-te na mesma.
Existe, indubitavelmente, algo que nos ata um ao outro, como um cordão umbilical invisível feito de aço inquebrável... Resumindo, da forma mais simples que posso fazer: num momento a dois, frente-a-frente ou lado-a-lado, eu sou eu, e tu és tu, somos nós, aqueles que foram outrora 'um só' mas continuo a achar, a querer, a sonhar, que um dia iremos viver no presente um passado melhor que o que já tivemos.

Espero-te no tempo porque sei que nada é mais forte que isso.
Porque sei que (ainda) te amo