A vida não é
mais que uma guerra humana e a morte… essa é uma embriaguez constante com sabor
a ervas aromáticas. “A morte é um desconcerto da vida!” relata o encenador na
peça da vida dos outros. Para quem vive na corda bamba é tão difícil morrer,
tão difícil cortar os pulsos já desfeitos com sonhos enclausurados no mais
intimo desejo de os realizar. Aquela corda bamba a bombear como uma bomba...
Aquela corda bamba, aquele desassossego enfeitiçado pelos prazeres da vida que
parece nunca terminar.
Ilusórias
certezas se apoderam da vida e creem na morte enquanto o desejo causa o maior
sofrimento ao coração. Eu não creio na morte e na vida já pouco… Não creio no
olhar mas creio no sentimento de culpa, creio na frustração e nas lágrimas. Nos
olhares que por desentendimentos vários se juntaram e nas florestas que
desapareceram. Creio na luz. Creio em mim, quase nada, creio que sim. Creio que
não e que talvez não. Creio no meu eu com o teu tu, ou melhor, já não creio
muito nisso. Não sou crente mas lá vou crendo. Creio na minha mãe e nos meus
avôs bem como na minha irmã. Não creio em toda a família. Creio no nós e no vós
no eles nem por isso. Creio quando mais preciso. Creio quando tenho de crer. Creio
na libertação da vida através da morte e na libertação da morte através da vida.
Creio na sabedoria de Siddharta Gautama e
na filosofia de Bob Marley. Creio em crer.
A vida é portanto um labirinto onde se crê e onde se faz
escolhas… A morte é a saída desse labirinto.
Adorei! *
ResponderEliminarLigo sempre...
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