terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Morreste-me avó!

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3 comentários:

  1. Ana Tapadas9 de fevereiro de 2010 às 21:37

    As avós são seres adoráveis.
    Beijinhos

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  2. Anónimo10 de fevereiro de 2010 às 18:54

    Minha Boneca *.*
    A vida muitas vezes é injusta, muito injusta mas temos de conseguir estar prontas para o que ela nós trás, seja bem ou mal, quero sentir que tu és forte, que tu vais conseguir e que vais ter muita força ;)
    Esteja ela onde estiver vai estar sempre a olhar por ti, acredita meu anjo :)
    É mais uma estrelinha que olha por ti, que mesmo não estando presente ela te proteje e continua a amar-te da mesma forma ou mais ainda..
    Dá força ah tua mãe e um beijinho enorme para ela *.*
    Estou aqui meu amor, estou aqui para ti, para o que der e vier.. sabes bem @
    Amo-te bastante Cataria

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  3. Anónimo11 de fevereiro de 2010 às 14:34

    Apago a música para me ouvir e ouvir-te melhor. Deixo-te o poema preferido:

    Adeus - Eugénio de Andrade

    "Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
    e o que nos ficou não chega
    para afastar o frio de quatro paredes.
    Gastámos tudo menos o silêncio.
    Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
    gastámos as mãos à força de as apertarmos,
    gastámos o relógio e as pedras das esquinas
    em esperas inúteis.

    Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
    Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
    era como se todas as coisas fossem minhas:
    quanto mais te dava mais tinha para te dar.
    Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
    E eu acreditava.
    Acreditava,
    porque ao teu lado
    todas as coisas eram possíveis.

    Mas isso era no tempo dos segredos,
    era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
    era no tempo em que os meus olhos
    eram realmente peixes verdes.
    Hoje são apenas os meus olhos.
    É pouco mas é verdade,
    uns olhos como todos os outros.

    Já gastámos as palavras.
    Quando agora digo: meu amor,
    já não se passa absolutamente nada.
    E no entanto, antes das palavras gastas,
    tenho a certeza
    de que todas as coisas estremeciam
    só de murmurar o teu nome
    no silêncio do meu coração.

    Não temos já nada para dar.
    Dentro de ti
    não há nada que me peça água.
    O passado é inútil como um trapo.
    E já te disse: as palavras estão gastas.

    Adeus."

    E para não gastar as palavras que agora sucedem-se por ti, por amor a ti e ao teu bem-estar, não chega a menina bonita e muito menos a vida. Mas "as memórias sao bonitas e sao tudo o que elas são". E eu serei mais um a dar-te apoio, em silêncio ou não, para que não esqueças e te fartes desse barulho ensurdecedor da perda, da falta e do nada. Guarda-a e cuida de ti.

    Eu...estou aqui.

    beijinho

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