sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Ataque de pânico


Eu inconscientemente consciente de tudo o que não sou ou que jamais poderei vir de novo a ser. Eu com remorsos. Eu com medo. Eu com dores no peito constantes. Eu sem vontade de sair. Eu presa em mim. Eu a entregar-me à morte da vida (ou será: à vida da morte?). Eu aqui.
Presa numa imensidão de palavras já ditas e repetidas inúmeras vezes na minha mente. Presa no meu corpo e na minha cabeça. Presa a um mundo diferente.
Fecho os olhos e adormeço. Acordo sobressaltada com o medo a atormentar-me por entre a fechadura, o frio do quarto, a televisão. Medo esse que não pára. Vou para a sala, e enquanto isso, mais uma vez tenho a sensação consciente da morte. Sinto um arrepio na espinha. Sinto algo absolutamente ameaçador e horrível a atacar-me o corpo. Algo mau. Como se o mal triunfasse durante aquelas horas e me levasse para um mundo desconhecido. Como se nada fosse real a não ser aquele momento indescritível. Sinto adrenalina ou algo parecido e repetidas palavras de quem me rodeia e repetidos gestos. Não percebo. Tomo um calmante e perco a sensibilidade. Não sei onde estou nem porque ali estou. Não sei como ali fui parar. Sou um ET no planeta Terra.
Ah esperem… Sou eu, a Salomé a ver tudo desfocado. Sou eu com mais um ataque de pânico.

P.S.:Isto pode parecer estupidamente parvo mas se algum dos meus seguidores ou leitores tiver ataques de pânico/ansiedade mande uma mensagem para mim porque é um mundo desconhecido ao qual não me consigo habituar, agradeço a vossa atenção e compreensão e quero que saibam que não estão sozinhos.

domingo, 18 de novembro de 2012

Voz Humana de Jean Cocteau

Anteontem à noite? Dormi. Deitei-me com o telefone……………………… Não, não. Levei-o para a cama………………. Claro, fui ridícula, mas se levei o telefone para a cama é porque ele, apesar de tudo, nos une ainda. Liga esta casa à tua casa e não te esqueças que me tinhas prometido falar. Imagina que mergulhei numa confusão de sonhos. A tua chamada transformava a campainha do telefone num som mortal e eu caía; depois, vi um pescoço branco que alguém estrangulava; depois ainda, achei-me no fundo dum mar que se parecia com o apartamento de Auteuil, ligada a ti por um tubo de escafandro e a suplicar-te que não o cortasses. Enfim, sonhos estúpidos quando se contam; mas o pior é que durante o sono eram demasiado vivos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

morte da vida


A vida não é mais que uma guerra humana e a morte… essa é uma embriaguez constante com sabor a ervas aromáticas. “A morte é um desconcerto da vida!” relata o encenador na peça da vida dos outros. Para quem vive na corda bamba é tão difícil morrer, tão difícil cortar os pulsos já desfeitos com sonhos enclausurados no mais intimo desejo de os realizar. Aquela corda bamba a bombear como uma bomba... Aquela corda bamba, aquele desassossego enfeitiçado pelos prazeres da vida que parece nunca terminar.
Ilusórias certezas se apoderam da vida e creem na morte enquanto o desejo causa o maior sofrimento ao coração. Eu não creio na morte e na vida já pouco… Não creio no olhar mas creio no sentimento de culpa, creio na frustração e nas lágrimas. Nos olhares que por desentendimentos vários se juntaram e nas florestas que desapareceram. Creio na luz. Creio em mim, quase nada, creio que sim. Creio que não e que talvez não. Creio no meu eu com o teu tu, ou melhor, já não creio muito nisso. Não sou crente mas lá vou crendo. Creio na minha mãe e nos meus avôs bem como na minha irmã. Não creio em toda a família. Creio no nós e no vós no eles nem por isso. Creio quando mais preciso. Creio quando tenho de crer. Creio na libertação da vida através da morte e na libertação da morte através da vida. Creio na sabedoria de Siddharta Gautama e na filosofia de Bob Marley. Creio em crer.
A vida é portanto um labirinto onde se crê e onde se faz escolhas… A morte é a saída desse labirinto.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Não importa o que pensam nem dizem... És único. O sol pode parar de brilhar, as estrelas podem não mais aparecer e pode o tempo ficar nublado eternamente que eu nunca irei deixar-te. 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Itália

Tem olhos verdes e é morena aquela Itália. Uma Itália diferente e fascinante, indubitavelmente fantástica devido ao segmento de curvas e contra-curvas que a compõem. Fascina-me e está num patamar bem alto, acima de qualquer Portugal. Parabéns Itália, hoje, para mim, ganhaste! Hoje para mim és uma Itália portuguesa que vivia na Suiça.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

domingo, 22 de janeiro de 2012

*

"A minha alma partiu-se como um vaso vazio.

Caiu pela escada excessivamente abaixo. (...)
E os deuses olham-o especialmente, pois não sabem por que ficou ali."

Álvaro de Campos

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

QUERO MORRER!!!!!

Quero ir. Não quero ir. Quero ficar. Não consigo sair. Quero ir. Não quero ir. Quero ficar. Não consigo sair. Quero ir. Não quero ir. Quero ficar. Não consigo sair. Quero ir. Não quero ir. Quero ficar. Não consigo sair. Quero ir. Não quero ir. Quero ficar. Não consigo sair. Quero ir. Não quero ir. Quero ficar. Não consigo sair.














sábado, 7 de janeiro de 2012