domingo, 17 de janeiro de 2010

És igual a mim? - Sim, tu és


Nunca pensei dizer isto mas… tu és igual a mim. É como se eu estivesse no teu corpo. Como se eu fosse tu e tu fosses tu, enquanto eu sou eu na mesma, e tu és tu. Como se fosses o meu duplo e eu o teu. Como se fossemos almas gémeas. A meu ver já fomos mesmo almas gémeas noutro tempo… já fomos marido e mulher, ou irmão e irmã, ou outra coisa qualquer (que não se separa). É estranho não te conseguir dizer isto a ti mas é bom de sentir, para mim. É estranho ter a ilusão que alguém nos pertence, mesmo sabendo que não passa de uma ilusão. Sinto-o… aquela coisa, é um coiso, um… daquelas coisas na barriga e fernicoques grandes, entendes? Sinto-o contigo! Não quero que digas nada! NÃO QUERO NEM UMA PALAVRA (porque nao me apetece ouvir-te a dizer o que não quero)! Só de pensar que acho que és igual a mim me dá um certo pânico… Que paradigma que te dou também.
Há seres que me fascinam, nunca o hei-de perceber. São tão delicados e tão fortes. Tão capazes e tão ineficazes. Tão grandes e tão miúdos. São os (meus) eternos paradoxos. És tu… tu que ao mesmo tempo sou eu. Somos nós. Somos seres humanos dotados de capacidades fora do vulgar, capacidades inexplicáveis. Somos nós! Eu e tu. Entendes o que estou a proferir ou não passam de frases desgarradas? Fazes parte de mim entendes?
(Fazes-me pensar em ti e gosto disso.)

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